Context: Identification of Philadelphia chromosome or BCR/ABL gene rearrangement in chronic myeloid leukemia is important at diagnosis as well as after treatment.
Objective: To compare the results of karyotyping using fluorescent in-situ hybridization (FISH) upon diagnosis and 1 year after bone marrow transplantation in 12 patients.
Type of study: Diagnostic test and residual disease detection.
Setting: Hematology and Hemotherapy Department, Federal University of São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brazil.
Sample: 12 patients with chronic myeloid leukemia at diagnosis and 1 year after bone marrow transplantation.
Diagnostic test: Karyotyping was done in the usual way and the BCR/ABL gene-specific probe was used for FISH.
Main measurements: Disease at diagnosis and residual.
Results: At diagnosis, 10 patients presented t(9;22)(q34.1;q11) as well as positive FISH. Two cases did not have metaphases but FISH was positive. After bone marrow transplantation, 8 patients presented normal karyotype, 1 had persistence of identifiable Philadelphia chromosome and 3 had no metaphases. Two cases showed complete chimera and 2 had donor and host cells simultaneously. FISH was possible in all cases after bone marrow transplantation and confirmed the persistence of identifiable Philadelphia chromosome clone in one patient, and identified another that did not present metaphases for analysis. Cases that showed mixed chimera in karyotype were negative for BCR/ABL by FISH.
Conclusion: The applicability of FISH is clear, particularly for residual disease detection. Classical and molecular cytogenetics are complementary methods.
CONTEXTO:: Na leucemia mielóide crônica, a detecção do cromossomo Philadelphia ou o rearranjo gênico BCR/ABL é importante tanto ao diagnóstico como após o tratamento.
OBJETIVO:: Comparar os resultados do cariótipo com a hibridação in situ por fluorescência ao diagnóstico e, após um ano de transplante de medula óssea, em 12 pacientes com leucemia mielóide crônica.
TIPO DE ESTUDO:: Teste diagnóstico e detecção de doença residual.
LOCAL:: Disciplina de Hematologia e Hemoterapia da Universidade de São Paulo/Escola Paulista de Medicina.
AMOSTRA:: 12 pacientes com leucemia mielóide crônica ao diagnóstico e um ano após transplante de medula óssea.
TESTE DIAGNÓSTICO:: A análise do cariótipo (forma clássica) e a hibridação in situ por fluorescência com a sonda específica para os genes BCR/ABL.
VARIÁVEIS ESTUDADAS:: Doença ao diagnóstico e residual.
RESULTADOS:: Ao diagnóstico, 10 pacientes apresentaram t(9;22)(q34.1;q11) no cariótipo assim como pela hibridação in situ por fluorescência. Dois casos em que na citogenética não havia mitoses, apresentaram rearranjo pela hibridação in situ por fluorescência. Após o transplante de medula óssea, o cariótipo mostrou ausência do cromossomo Philadelphia em 8 casos, persistência em um e ausência de metáfases em três. Em dois casos havia quimera completa e em outros dois havia concomitância de células do doador e do receptor. A hibridação in situ por fluorescência foi possível em todos os casos após o transplante de medula óssea, confirmando a persistência do clone cromossomo Philadelphia num paciente em que o cariótipo também havia mostrado e identificando noutro em que não havia metáfases. Os casos de quimera mista foram negativos para BCR/ABL pela hibridação in situ por fluorescência.
CONCLUSÃO:: Ficou evidente a aplicabilidade da hibridação in situ por fluorescência, particularmente na detecção de doença residual. A citogenética clássica e a molecular são métodos complementares.