Context and objective: In 2002, the early neonatal mortality rate in Brazil was 12.42 per thousand live births. Perinatal asphyxia was the greatest cause of neonatal death (about 23%). This study aimed to evaluate the availability of the resources required for neonatal resuscitation in delivery rooms of public hospitals in Brazilian state capitals.
Design and setting: Multicenter cross-sectional study involving 36 hospitals in 20 Brazilian state capitals in June 2003.
Methods: Each Brazilian region was represented by 1-4% of its live births. A local coordinator collected data regarding physical infrastructure, supplies and professionals available for neonatal resuscitation in the delivery room. The information was analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences, version 10.
Results: Among the 36 hospitals, 89% were referral centers for high-risk pregnancies. Each institution had a monthly mean of 365 live births (3% < 1,500 g and 15% < 2,500 g). The 36 hospitals had 125 resuscitation tables (3-4 per hospital), all with overhead radiant heat, oxygen and vacuum sources. Appropriate equipment for pulmonary ventilation was available for more than 90% of the 125 resuscitation tables. On average, one pediatrician, three nurses and five nursing assistants per shift worked in the delivery rooms of each institution. Out of the 874 pediatricians and 1,037 nursing personnel that worked in the delivery rooms of the 36 hospitals, 94% and 22%, respectively, were trained in neonatal resuscitation.
Conclusions: The main public maternity hospitals in Brazilian state capitals have the resources to resuscitate neonates at birth.
CONTEXTO E OBJETIVO:: Em 2002, a mortalidade neonatal precoce brasileira foi 12,42 para cada mil nascidos vivos e a asfixia perinatal foi responsável por 23% dessas mortes. Este estudo visa avaliar a disponibilidade dos recursos necessários para a reanimação neonatal nas salas de parto de hospitais públicos brasileiros.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:: Estudo transversal multicêntrico de 36 maternidades, em 20 capitais brasileiras, em junho de 2003.
MÉTODOS:: As maternidades selecionadas em cada região brasileira representaram 1-4% dos nascidos vivos da região. O coordenador local da pesquisa respondeu a um questionário estruturado com dados a respeito da estrutura física, os equipamentos e o pessoal disponível para a reanimação neonatal em cada maternidade. A análise descritiva foi feita por meio do programa Statistical Package for Social Science 10.0.
RESULTADOS:: 89% das 36 maternidades eram referência para gestação de risco. Cada hospital tinha um número médio mensal de 365 nascimentos (3% < 1.500 g e 15% < 2.500 g). Os 36 hospitais tinham 125 mesas de reanimação (3-4/hospital), todas com calor radiante, fonte de oxigênio e vácuo. Equipamento adequado para ventilação pulmonar estava disponível em mais de 90% das 125 mesas. Em média, um pediatra, três enfermeiras e cinco auxiliares de enfermagem trabalhavam por turno nas salas de parto de cada instituição. Dos 874 pediatras e 1.037 profissionais de enfermagem que atuavam nas salas de parto, 94% e 22% haviam recebido treinamento em reanimação neonatal respectivamente.
CONCLUSÕES:: As maternidades públicas das capitais brasileiras apresentam salas de parto com infra-estrutura adequada para a reanimação neonatal.