Clinical-epidemiological changes in patients with non-traumatic acute abdomen during the COVID-19 pandemic: a retrospective study

Rev Col Bras Cir. 2022 Oct 7:49:e20223303. doi: 10.1590/0100-6991e-20223303-en. eCollection 2022.
[Article in English, Portuguese]

Abstract

Objective: we intend to demonstrate the clinical alterations and the postoperative evolution in patients with acute abdomen non-traumatic in conservative or surgical treatment during the pandemic compared to a similar period in the last year.

Method: a single-center retrospective study, including patients who received clinical-surgical treatment at Hospital do Trabalhador diagnosed with acute abdomen between March and August 2020 and a similar period in 2019.Variables studied ranged from demographic data to indices of social isolation.

Results: 515 patients were included, 291 received treatment in a pre-pandemic period and 224 during. There was not statistical difference in relation to comorbidities (p=0.0685), time to diagnosis and seeking medical help. No statistical differences were observed in terms of days of hospitalization (p = 0.4738) and ICU need (p=0.2320). Regarding in-hospital deaths, there was statistical relevance in the age above 60 years (p=0.002) and there were more deaths during the pandemic period (p=0.032). However, when we analyze the factors associated with the number of days until diagnosis by a physician, there was no statistical difference.

Conclusion: the analyzed data showed that the pandemic period and age over 60 years were the variables that increased the odds ratio for the in-hospital death outcome. However, the length of stay, days in intensive care unit and postoperative surgical complications showed no significant difference.

Objetivo:: pretendemos demonstrar as alterações clínicas e a evolução pós-operatória em pacientes com abdome agudo não traumático em tratamento conservador ou cirúrgico durante a pandemia em comparação a período semelhante no ano anterior.

Método:: estudo retrospectivo unicêntrico, incluindo pacientes que receberam tratamento clínico-cirúrgico no Hospital do Trabalhador com diagnóstico de abdome agudo entre março e agosto de 2020 e período semelhante em 2019. As variáveis estudadas variaram de dados demográficos a índices de isolamento social.

Resultados:: foram incluídos 515 pacientes, 291 receberam tratamento no período pré-pandemia e 224 na pandemia. Não houve diferença estatística em relação às comorbidades (p=0,0685), tempo para diagnóstico e procura de ajuda médica. Não foram observadas diferenças estatísticas quanto aos dias de internação (p=0,4738) e necessidade de UTI (p=0,2320). Em relação aos óbitos intra-hospitalares, observou-se relevância estatística na idade acima de 60 anos (p=0,002) e ocorreram mais óbitos no período da pandemia (p=0,032). Porém, quando analisamos os fatores associados ao número de dias até o diagnóstico por um médico, não houve diferença estatística.

Conclusão:: os dados analisados mostraram que o período de pandemia e a idade acima de 60 anos foram as variáveis que aumentaram a razão de chances para o desfecho óbito hospitalar. No entanto, o tempo de internação, dias na unidade de terapia intensiva e complicações cirúrgicas pós-operatórias, não apresentaram diferença significativa.

MeSH terms

  • Abdomen, Acute* / epidemiology
  • Abdomen, Acute* / surgery
  • COVID-19* / epidemiology
  • Hospital Mortality
  • Humans
  • Intensive Care Units
  • Length of Stay
  • Middle Aged
  • Pandemics
  • Postoperative Complications
  • Retrospective Studies