Endoscopic Resection of Gastrointestinal Neuroendocrine Tumors: Long-Term Outcomes and Comparison of Endoscopic Techniques

GE Port J Gastroenterol. 2022 Mar 14;30(2):98-106. doi: 10.1159/000521654. eCollection 2023 Mar.

Abstract

Introduction: Gastrointestinal neuroendocrine tumors (GI-NETs) are being more frequently diagnosed and treated by endoscopic resection (ER) techniques. However, comparison studies of the different ER techniques or long-term outcomes are rarely reported.

Methods: This was a single-center retrospective study analyzing short and long-term outcomes after ER of gastric, duodenum, and rectal GI-NETs. Comparison between standard EMR (sEMR), EMR with a cap (EMRc), and endoscopic submucosal dissection (ESD) was made.

Results: Fifty-three patients with GI-NET (25 gastric, 15 duodenal, and 13 rectal; sEMR = 21; EMRc = 19; ESD = 13) were included in the analysis. Median tumor size was 11 mm (range 4-20), significantly larger in the ESD and EMRc groups compared to the sEMR group (p < 0.05). Complete ER was possible in all cases with 68% histological complete resection (no difference between the groups). Complication rate was significantly higher in the EMRc group (EMRc 32%, ESD 8%, and EMRs 0%, p = 0.01). Local recurrence occurred in only one patient, and systemic recurrence in 6%, with size ≥ 12 mm being a risk factor for systemic recurrence (p = 0.05). Specific disease-free survival after ER was 98%.

Conclusion: ER is a safe and highly effective treatment particularly for less than 12 mm luminal GI-NETs. EMRc is associated with a high complication rate and should be avoided. sEMR is an easy and safe technique that is associated with long-term curability, and it is probably the best therapeutic option for most luminal GI-NETs. ESD appears to be the best option for lesions that cannot be resected en bloc with sEMR. Multicenter, prospective randomized trials should confirm these results.

Introdução: Os tumores neuroendócrinos gastrointestinais (GI-NET) são frequentemente diagnosticados e tratados por técnicas de resseção endoscópica (ER). Contudo, estudos comparativos das diferentes técnicas de ER ou resultados a longo prazo são raramente descritos.

Métodos: Estudo unicêntrico retrospectivo que analisa resultados a curto e longo prazo após ER de NETs gástricos, duodenais e retais. Realizou-se uma análise comparativa entre as técnicas de mucosectomia convencional (sEMR), mucosectomia com cap (EMRc) e disseção endoscópica da submucosa (ESD).

Resultados: Foram incluídos 53 doentes com GI-NET (25 gástricos, 15 duodenais e 13 rectais; sEMR=21; EMRc=19; ESD=13). A mediana do tamanho da lesão foi 11 mm (âmbito 4-20), sendo significativamente maiores nos grupos ESD e EMRc quando comparado com sEMR (p < 0.05). A ER completa foi possível em todos os casos com taxa de resseção histológica completa de 68% (sem diferença entre os grupos). A taxa de complicações foi significativamente superior no grupo EMRc (EMRc 32%, ESD 8% e EMRs 0%, p = 0.01). Recorrência local apenas ocorreu em 1 doente e recorrência sistémica em 6%, com o tamanho da lesão ≥ 12mm a ser um factor de risco para recorrência sistémica (p = 0.05). Sobrevida específica de doença após ER de 98%.

Conclusão: ER é segura e altamente eficaz para o tratamento de GI-NETs principalmente com tamanho inferior a 12 mm. EMRc está associada a uma taxa de complicações elevada e deve ser evitada. sEMR é uma técnica segura e eficaz que se associa a curabilidade a longo prazo, sendo provavelmente a melhor opção terapêutica para a maioria dos GI-NETs luminais. ESD parece ser a melhor opção para as lesões que não podem ser removidas em bloco pela técnica de sEMR. Estudos randomizados, prospectivos e multicêntricos devem confirmar estes resultados.

Keywords: Endoscopic mucosal resection; Endoscopic submucosal dissection; Neuroendocrine tumours; Survival.

Grants and funding

None.