Objective: To compare the effectiveness of the awake-prone position on relevant clinical outcomes in patients with COVID-19-related acute respiratory failure requiring high-flow nasal oxygen between different waves in Argentina.
Methods: This multicenter, prospective cohort study included adult patients with COVID-19-related acute respiratory failure requiring high-flow nasal oxygen. The main exposure position was the awake-prone position (≥ 6 hours/day) compared to the non-prone position. The primary outcome was endotracheal intubation, and the secondary outcome was in-hospital mortality. The inverse probability weighting-propensity score was used to adjust the conditional probability of treatment assignment. We then adjusted for contextual variables that varied over time and compared the effectiveness between the first and second waves.
Results: A total of 728 patients were included: 360 during the first wave and 368 during the second wave, of whom 195 (54%) and 227 (62%) remained awake-prone for a median (p25 - 75) of 12 (10 - 16) and 14 (8 - 17) hours/day, respectively (Awake-Prone Position Group). The ORs (95%CIs) for endotracheal intubation in the Awake-Prone Position Group were 0.25 (0.13 - 0.46) and 0.19 (0.09 - 0.31) for the first and second waves, respectively (p = 0.41 for comparison between waves). The ORs for in-hospital mortality in the awake-prone position were 0.35 (0.17 - 0.65) and 0.22 (0.12 - 0.43), respectively (p = 0.44 for comparison between waves).
Conclusion: The awake-prone position was associated with a reduction in the risk of endotracheal intubation and in-hospital mortality. These effects were independent of the context in which the intervention was applied, and no differences were observed between the different waves.
Objetivo:: Comparar a eficácia da posição prona consciente nos desfechos clínicos relevantes em pacientes com insuficiência respiratória aguda relacionada à COVID-19 que necessitaram de oxigênio nasal de alto fluxo em diferentes ondas da doença na Argentina.
Métodos:: Trata-se de estudo de coorte prospectivo e multicêntrico, que incluiu pacientes adultos com insuficiência respiratória aguda relacionada à COVID-19 que necessitaram de oxigênio nasal de alto fluxo. A principal posição de exposição foi a prona consciente (≥ 6 horas/dia) em comparação com a prona não consciente. O desfecho primário foi a intubação endotraqueal, e o secundário foi a mortalidade hospitalar. Utilizou-se o escore de propensão de ponderação pela probabilidade inversa para ajustar a probabilidade condicional de atribuição de tratamento. Em seguida, ajustamos as variáveis contextuais, que variaram ao longo do tempo e comparamos a eficácia entre a primeira e a segunda onda.
Resultados:: Ao todo, 728 pacientes foram incluídos: 360 durante a primeira onda e 368 durante a segunda onda, dos quais 195 (54%) e 227 (62%) permaneceram em prona consciente numa mediana (intervalo interquatil 25 - 75%) de 12 (10 - 16) e 14 (8 - 17) horas/dia, respectivamente (Grupo Prona Consciente). As razões de chance (intervalo de confiança de 95%) de intubação endotraqueal no grupo prona em vigília foram de 0,25 (0,13 - 0,46) e 0,19 (0,09 - 0,31) na primeira e segunda ondas, respectivamente (p = 0,41 comparativamente entre as ondas). As razões de chance de mortalidade intra-hospitalar na posição prona consciente foram de 0,35 (0,17 - 0,65) e 0,22 (0,12 - 0,43), respectivamente (p = 0,44 comparativamente entre as ondas).
Conclusão:: A posição prona consciente foi associada à redução no risco de intubação endotraqueal e mortalidade hospitalar. Esses efeitos foram independentes do contexto em que a intervenção foi aplicada e não foram observadas diferenças entre as diferentes ondas.