Background: Pancreas divisum is an anatomical abnormality where the junction of the main and accessory pancreatic duct fails to occur and the smaller-caliber duct acts as dominant, resulting in overload during the drainage of the organ's secretion through the minor duodenal papilla.
Aims: To report a case of recurrent acute pancreatitis due to symptomatic pancreas divisum who underwent pancreatoduodenectomy.
Case report: A 21-year-old male patient presented with intermittent painful crises, located in the upper abdomen, with radiation to the back, associated with nausea and vomiting, for the past three years. Magnetic resonance imaging and endoscopic retrograde cholangiopancreatography revealed pancreas divisum, subsequently confirmed by endoscopic ultrasound. An attempt was made through endoscopic intervention but failed to catheterize the minor papilla; therefore, a pancreaticoduodenectomy was indicated. The organ was identified as hard and atrophied, with moderate peripancreatic inflammation. The histopathological findings also identified a focal well-differentiated G1-type neuroendocrine tumor measuring 0.4 cm.
Conclusions: In patients with pancreas divisum, rare cases may progress to recurrent acute pancreatitis. Pancreaticoduodenectomy is an option in symptomatic patients who had no success with endoscopic treatment.
RACIONAL:: Pâncreas divisum é uma anormalidade anatômica em que a junção do ducto pancreático principal e acessório não ocorre, e o ducto de menor calibre atua como dominante, resultando em sobrecarga durante a drenagem da secreção do órgão através da papila duodenal menor.
OBJETIVOS:: Relatar um paciente com pancreatite aguda recorrente devido a pâncreas divisum sintomático submetido a duodenopancreatectomia.
RELATO DE CASO:: Paciente masculino, 21 anos, apresentou crises dolorosas intermitentes, localizadas no abdome superior, com irradiação para o dorso, associadas a náuseas e vômitos, nos últimos três anos. A ressonância magnética e acolangiopancreatografia endoscópica retrógrada revelaram pâncreas divisum, posteriormente confirmado por ultrassonografia endoscópica. Foi feita uma tentativa de intervenção endoscópica, mas não houve sucesso na cateterização da papila menor, sendo indicada duodenopancreatectomia. O órgão foi identificado como duro e atrofiado, com inflamação peripancreática moderada. O resultado histopatológico final também identificou um tumor neuroendócrino focal bem diferenciado do tipo G1, medindo 0,4 cm.
CONCLUSÕES:: Em pacientes com pâncreas divisum, casos raros podem progredir para pancreatite aguda recorrente. A pancreatoduodenectomia é uma opção em pacientes sintomáticos que não tiveram sucesso com o tratamento endoscópico.